O CEO da Pfizer não disse em Davos que a empresa planeja “reduzir a população mundial em 50%”
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- Publicado em 6 de junho de 2022 às 23:07
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- Por AFP Austrália, AFP México, AFP Brasil
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Na gravação, Bourla parece dizer em inglês: “Na primeira semana em que nos reunimos, em janeiro de 2019 na Califórnia, estabelecemos as metas para os próximos cinco anos. Uma delas era que, para 2023, reduziremos em 50% o número de pessoas no mundo. Creio que hoje esse sonho está se tornando realidade”.
Uma das publicações no Twitter (1, 2) indica: “"Eu não estou acreditando nisso!! Albert Bourla (CEO da Pfizer) foi aplaudido, após admitir que o plano das vacinas é para reduzir a população em 50%." ISSO É CRIME CONTRA A HUMANIDADE!!”. A gravação também foi enviada ao WhatsApp do AFP Checamos para verificação.
Conteúdo similar circula no Facebook (1, 2) e em publicações em espanhol e inglês.
Vídeo manipulado
Uma busca reversa por fragmentos da sequência no Google levou ao vídeo original da conversa entre Bourla e Schwab, publicado em 25 de maio de 2022 no canal oficial do WEF no YouTube.
Aos dois minutos e 51 segundos do vídeo, Bourla diz em inglês: “Até 2023, reduziremos em 50% a quantidade de pessoas no mundo que não podem pagar pelos nossos medicamentos”.
A gravação da conversa entre Bourla e Schwab em Davos também foi publicada no site do Fórum Econômico Mundial.
Um projeto da Pfizer
No vídeo original, Bourla fala sobre os planos da Pfizer para oferecer, sem fins lucrativos, os medicamentos patenteados pela empresa aos países mais pobres do mundo.
Ruanda, Gana, Malawi, Senegal e Uganda são os primeiros países a se beneficiarem dessa iniciativa.
Na sequência publicada no YouTube, o diretor da Pfizer explica: “Excluímos todo o dinheiro de pesquisa que foi necessário para criar os medicamentos, todos os [custos] legais que foram necessários para os contratos, ou todos os custos administrativos, tudo o que, às vezes, é acrescentado… não será acrescentado nesse caso. Será estritamente o custo de fabricação [dos medicamentos] e de envio”.
A Pfizer e o seu CEO têm sido alvos frequentes de desinformação desde o começo da pandemia. A AFP já verificou outras afirmações sobre Bourla e sobre a farmacêutica (1, 2, 3).