Vídeo de explosão na China em 2015 circula como se mostrasse um ataque russo à Ucrânia em 2022
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- Publicado em 24 de fevereiro de 2022 às 23:51
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- Por AFP Oriente Médio e Norte da África, AFP Argentina, AFP Brasil
- Tradução e adaptação Ana PRIETO
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A gravação circulou no Facebook (1, 2), no Instagram (1) e no Twitter (1, 2) horas depois de a Rússia iniciar sua invasão à Ucrânia, com bombardeios por todo o país, incluindo na capital, Kiev. Também foram realizadas incursões terrestres em diversos pontos do território, causando as primeiras vítimas mortais.
A sequência - na qual é possível ver uma explosão seguida de um grande incêndio - também foi compartilhada em inglês e espanhol, com usuários alegando que as imagens mostrariam um ataque aéreo russo à planta de energia da cidade de Lugansk.
Lugansk é uma das regiões separatistas do leste da Ucrânia cuja independência foi reconhecida pelo presidente russo, Vladimir Putin, em 21 de fevereiro de 2022.
A comunidade internacional condenou os ataques russos ao território ucraniano, assim como Kiev, que além disso rompeu relações com Moscou. Os esforços diplomáticos das potências ocidentais e a imposição de sanções contra a Rússia não foram suficientes para dissuadir Putin, que até o começo da agressão havia mobilizado entre 150.000 e 200.00 soldados ao longo das fronteiras ucranianas.
Uma explosão de 2015
Uma busca reversa pelos fragmentos do vídeo viralizado permitiu verificar que o material foi reproduzido por diversos meios de comunicação, como BBC, The Guardian e ABC News, vinculado às explosões em um armazém de produtos químicos na cidade chinesa de Tianjin na noite de 12 de agosto de 2015.
As reportagens da imprensa atribuem a gravação ao cidadão norte-americano Dan Van Duren, sobrevivente do incidente.
A série de explosões gigantescas registradas em Tianjin se originaram em um armazém de produtos químicos na zona portuária da cidade, segundo as autoridades. Com o passar dos dias, o número de mortos subiu para 135 e a de hospitalizados chegou a 582.