Não há evidências de que primeira-dama da Venezuela planeje visita de luxo ao Rio de Janeiro
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- Publicado em 12 de dezembro de 2018 às 14:50
- Atualizado em 18 de dezembro de 2018 às 19:54
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- Por AFP Brasil
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“A 1ª dama da Venezuela reservou um andar inteiro de um hotel cinco estrelas no Rio de Janeiro pra passagem de fim de ano. Cília Flores enviou uma lista de 86 convidados que irão se hospedar com ela, tudo pago pelo Governo Venezuelano. Capitalismo pra mim, socialismo pra vocês”, diz a descrição desta publicação compartilhada mais de 10.000 vezes no Facebook desde que foi publicada no dia 7 de dezembro deste ano. “Que pilantra… E o povo morrendo de fome que nojo…”, comentou um internauta.
A versão é ilustrada por uma foto do Hotel Arena Copacabana no Rio de Janeiro. Contatada pela AFP, a assessoria de imprensa da rede hoteleira esclareceu: “Isso é fake news. [Cília Flores] Não veio e nem vai ficar aqui”.
Contatado pela equipe de checagem da AFP no Brasil, o escritório da AFP em Caracas disse não ter informação sobre a suposta notícia de Flores ao Brasil. Até o momento, a informação é divulgada somente por usuários no Facebook e no Twitter.
A primeira-dama foi fotografada pela AFP no dia 3 de dezembro e no dia 4 de dezembro de 2018 pela agência Abaca em Caracas, durante a visita do presidente turco Tayyip Erdogan. Também na capital do país chavista sua presença foi registrada no último dia 9 pelas agências Reuters e EPA.
Ainda que a agenda oficial da primeira-dama, assim como a do presidente Nicolás Maduro, não seja aberta à imprensa, não existe referência de nenhuma visita recente do casal presidencial ao Brasil em nenhuma fonte de informação credível ou meios de comunicação.
A AFP tentou, sem sucesso, entrar em contato com a assessoria de imprensa da embaixada venezuelana em Brasília.
A última visita oficial do mandatário bolivariano ao Brasil foi em maio de 2013, durante o governo de Dilma Rousseff (2011-2016) do PT.
A equipe de checagem da AFP no Brasil já desmentiu diversas histórias relacionadas à Venezuela, como versões de venezuelanos invadindo o Brasil, animais famintos em zoológicos e bloqueios de redes sociais.