Gilmar Mendes estava acompanhado por juristas na Itália, e não por um dos filhos de Lula
- Este artigo tem mais de um ano
- Publicado em 27 de outubro de 2022 às 21:29
- 2 minutos de leitura
- Por AFP Brasil
Copyright © AFP 2017-2025. Qualquer uso comercial deste conteúdo requer uma assinatura. Clique aqui para saber mais.
“Gostaria de saber que o filho de lula estava fazendo na Itália em um restaurante famoso por nome de Alfredo junto com Gilmar Mendes ? Alguém consegue me responder?”, afirmam usuários em publicações no TikTok, Twitter, Instagram e Facebook.
A mensagem acompanha até quatro fotos e um vídeo de Gilmar Mendes sentado à mesa de um restaurante ao lado de dois homens. Nenhum dos dois é, no entanto, um dos quatro filhos homens do ex-presidente Lula.
Após a viralização da alegação, o ministro do STF publicou uma nota em seu Twitter confirmando que os registros foram feitos na Itália, no início de outubro, quando esteve no país para participar de um congresso acadêmico.
O magistrado negou, contudo, que algum dos homens destacados fosse filho de Lula, informando se tratar do desembargador Ney Bello e do professor Sérgio Victor. “Este último, segundo fake news desesperada, seria o filho de uma personalidade política brasileira”, escreveu.
De fato, no último dia 11 de outubro, Mendes retuitou em sua conta no Twitter uma publicação informando que havia participado de um debate sobre Constitucionalismo Digital e Jurisdição Constitucional no Brasil na Universidade Sapienza de Roma.
Uma busca por essas palavras-chave permitiu encontrar mais informações sobre o evento, promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), incluindo sua programação completa.
O documento mostra que o professor Sérgio Victor realmente esteve em Roma no mesmo período que Gilmar Mendes, tendo atuado como moderador do painel do ministro, em 10 de outubro. O mesmo vale para o desembargador Ney Bello, que participou de uma mesa para discutir o “Direito ao Esquecimento” em 11 de outubro.
Além disso, uma pesquisa (1, 2) pelos nomes citados mostra pessoas com traços semelhantes aos dos homens vistos nas fotos viralizadas.
Em nota, o Supremo Tribunal Federal confirmou as informações publicadas por Mendes, classificando as publicações viralizadas como “mentira, fake news”.