É uma montagem o tuíte de Marcelo Freixo dizendo que BOPE e CORE deveriam ser extintos
- Este artigo tem mais de um ano
- Publicado em 25 de maio de 2022 às 21:33
- 2 minutos de leitura
- Por AFP Brasil
Copyright © AFP 2017-2025. Qualquer uso comercial deste conteúdo requer uma assinatura. Clique aqui para saber mais.
“Chega de matança! O que aconteceu hoje, novamente, foi o assassinato de pretos, pobres e favelados. Não se tratam de policiais e sim de CRIMINOSOS. O BOPE e a CORE precisam ser extintos. Precisamos de uma política de segurança, onde a polícia não possa mais entrar nas comunidades e aja com inteligência, realizando, somente, prisões sem necessidade de disparos”, diz o suposto tuíte, compartilhado no Facebook (1, 2) e Twitter (1, 2).
Nos comentários, usuários demonstraram indignação com a afirmação supostamente feita por Freixo sobre o fim das unidades especiais das polícias Civil e Militar: “O mesmo anda com seguranças armados. Hipócrita” e “Eita... Quando vc pensa que a palhaçada na política tinha chegado ao fundo do poço aí vem um doente das ideias e pá... empurra mais pro fundo ainda”.
Em suas redes sociais (1, 2), o deputado federal, e pré-candidato ao governo do estado do Rio de Janeiro, desmentiu o conteúdo e divulgou a sequência de tuítes que efetivamente publicou sobre a operação policial de 24 de maio. Nas mensagens, Freixo defendeu o fim do “uso político da polícia”, mas não da força de segurança como um todo.
Um dos elementos que comprovaria a falsidade da captura viralizada, indicou o deputado, seria o fato de o suposto tuíte ultrapassar a quantidade de 280 caracteres permitida pelo Twitter em suas publicações.
Para confirmar, o AFP Checamos fez um teste reproduzindo o texto do suposto tuíte em sua conta no Twitter. Como demonstrado abaixo, a mensagem ultrapassou em 81 caracteres o limite estabelecido pela plataforma, inviabilizando sua publicação.
Buscas na conta de Marcelo Freixo no Twitter, assim como em suas versões arquivadas nas plataformas Wayback Machine e Archive, não levaram a nenhuma publicação semelhante àquela que lhe foi atribuída nas redes sociais após a incursão policial contra o tráfico de drogas na favela Vila Cruzeiro.