A varíola do macaco foi descoberta em 1958 e um surto maciço ocorreu nos EUA em 2003
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- Publicado em 24 de maio de 2022 às 18:58
- Atualizado em 1 de junho de 2022 às 19:14
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- Por AFP México, AFP Brasil
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Alegação semelhante também circula em espanhol.
Em 20 de maio de 2022, dezenas de casos humanos de varíola do macaco foram detectados na América do Norte (Estados Unidos e Canadá) e Europa (Reino Unido, Espanha, Portugal, Suécia, Itália e França). No entanto, eles não são os primeiros casos no mundo.
A varíola do macaco foi descoberta em 1958, quando dois surtos foram relatados em colônias de macacos usados para pesquisa; daí a origem do nome da doença.
O primeiro caso dessa varíola em humanos foi registrado em 1970 na República Democrática do Congo. Desde então, casos esporádicos surgiram em partes da floresta tropical da África central e ocidental, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A OMS explica que trata-se de "uma doença rara" que é transmitida às pessoas principalmente por animais selvagens, como roedores e primatas, mas sua transmissão entre humanos é limitada. Seus sintomas são febre, dor de cabeça, linfonodos inchados, dores musculares e falta de energia.
Também apresenta um período de erupções cutâneas que atingem primeiro o rosto e se espalham para o resto do corpo, principalmente nas palmas das mãos e solas dos pés.
A taxa de letalidade da varíola do macaco, ainda de acordo com a OMS, é de entre 1 e 10%, principalmente entre crianças e jovens. Mas esta doença é 85% evitável com a vacinação contra a varíola, acrescenta a agência de saúde.
Casos em meio século
Desde 1970, a República Democrática do Congo é o único país que registra mais de 1.000 casos da doença por ano. Em outros países africanos, como Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Libéria, Nigéria e Serra Leoa, também foram relatados casos desta doença em humanos.
Nos Estados Unidos, um surto de 47 pessoas em cinco estados foi identificado em 2003. Esses foram os primeiros casos registrados fora da África, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).
Além disso, antes de 2022, casos foram relatados em três ocasiões no Reino Unido, em 2018, 2019 e 2021; em Israel em 2018; em Singapura em 2019 e novamente nos Estados Unidos, desta vez em 2021.
A equipe de checagem da AFP já verificou (1, 2) outras peças de desinformação relacionadas à varíola.
1 de junho de 2022 Adiciona metadados.