Programa Pânico não teve presença de “fiscal do TSE”; a ação foi um protesto durante a transmissão

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  • Publicado em 21 de outubro de 2022 às 20:04
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  • Por AFP Brasil
O homem que aparece circulando entre os apresentadores do Programa Pânico, da Jovem Pan, não é um fiscal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Publicações com o vídeo que mostraria a cena soma mais de meio milhão de visualizações desde 19 de outubro de 2022. No entanto, segundo a emissora informou à AFP, a ação vista nas imagens foi organizada pelo próprio programa como “protesto” contra uma decisão da corte. O TSE negou que o homem tenha qualquer ligação com o órgão.

“Ditadura! Fiscal do TS* circula pelo programa pânico ao vivo”, diz uma das publicações que circula no Twitter, Facebook, Instagram, Telegram e Kwai.

Na gravação, vê-se um homem de terno preto andando atrás dos integrantes do Programa Pânico, que parece conferir os papéis que eles seguram. Durante a suposta “fiscalização”, as pessoas sentadas à bancada demonstram estar incomodadas com a ação.

O conteúdo também chegou ao WhatsApp do AFP Checamos, para onde os usuários podem enviar conteúdos vistos em redes sociais, se duvidarem de sua veracidade.

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Captura de tela feita em 20 de outubro de 2022 de uma publicação no Twitter ( .)

O programa em questão foi ao ar no último dia 19 de outubro e pode ser conferido em seu canal no YouTube.

Procurada pelo AFP Checamos no dia seguinte, a Jovem Pan explicou que a intervenção foi organizada por eles próprios para “manifestar sua posição crítica” a uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que “tais instrumentos” foram usados por se tratar de um programa de humor.

A emissora se referia à decisão do tribunal que determinou, em 18 de outubro, a proibição de novas inserções com falas consideradas ofensivas ou distorcidas sobre o ex-mandatário Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disputa a Presidência no segundo turno com o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). A ação foi ajuizada pela coligação “Brasil da Esperança”, do petista, e acatada pelo TSE.

Segundo a definição da Justiça Eleitoral, a emissora tratava de maneira “privilegiada” a candidatura de Jair Bolsonaro (PL) e recebia “robustos recursos” do governo federal para “veicular publicidade institucional em patamares muito superiores ao do último ano do mandato de Michel Temer”.

Através do site Fato ou Boato, onde a Justiça Eleitoral desmente informações falsas envolvendo a corte, o TSE também negou que o homem visto nas imagens seria um fiscal ou que trabalhasse de qualquer outra maneira para o órgão.

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