Vocalista do Iron Maiden não declarou apoio a Bolsonaro no Rock in Rio 2022

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  • Publicado em 7 de setembro de 2022 às 20:13
  • 2 minutos de leitura
  • Por AFP Brasil
O vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, não declarou apoio ao candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) durante o show da banda no Rock in Rio, em 2 de setembro de 2022. A afirmação é compartilhada nas redes sociais centenas de vezes junto a uma imagem de Dickinson segurando uma bandeira do Brasil em cima de um palco. O momento realmente aconteceu durante o festival carioca, mas a banda não fez nenhuma referência a política brasileira durante a apresentação.

“Momento que Patriota Bruce Dickinson, da banda Iron Maiden, peita a TV Globo e o festival comunista Rock in Rio para declarar apoio a Jair Messias Bolsonaro”, dizem publicações no Facebook, Twitter (1, 2) e YouTube.

"Bruce Dickinson, lendário vocalista do Iron Maiden, tremulou nossa bandeira no Rock In Rio 2022. E chamou nosso amado presidente Bolsonaro de MITO”, assegura um usuário em outra publicação.

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Captura de tela feita em 7 de setembro de 2022 de uma publicação no Facebook ( . / )

Para sustentar a afirmação, as publicações utilizam o momento em que o roqueiro hasteou a bandeira do Brasil durante o festival no Rio de Janeiro.

Durante a performance da música “The Trooper” Dickinson costuma segurar a bandeira da Inglaterra – país de origem do conjunto – e a bandeira do país em que a banda está fazendo a apresentação, como mostram vídeos (1, 2) na internet.

Algumas publicações sugerem ainda que Bruce Dickinson teria chamado Bolsonaro de “mito” durante a passagem da banda pelo festival. Isso não é verdade. A AFP assistiu à íntegra da apresentação do conjunto e em nenhum momento se faz referência à política brasileira ou ao atual mandatário tampouco faz menção semelhante ao hastear a bandeira.

Além disso, não há registros na imprensa de quaisquer manifestações em apoio ao atual mandatário feitas pela banda durante sua passagem no Rock in Rio. Reportagens mostram que durante o festival a plateia protestou contra Bolsonaro (1, 2).

Em 2 de outubro, o mandatário busca a sua reeleição.

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