A diretora da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, não compareceu à CPI como médica
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- Publicado em 29 de junho de 2021 às 19:48
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- Por AFP Brasil
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“Até a médica do Renan Calheiros, é 171. A Dra. Jurema tem o CRM CANCELADO”, diz uma das publicações compartilhadas no Twitter (1, 2), no Facebook (1, 2) e no Instagram (1, 2).
No último dia 24 de junho, Werneck compareceu à CPI, a pedido do senador Renan Calheiros, para prestar depoimento como representante do Movimento Alerta, que reúne entidades da sociedade civil como a Anistia Internacional, e coleta dados sobre a mortalidade por covid-19 no Brasil.
Na sessão da CPI, o senador Luis Carlos Heinze (PP) perguntou a Werneck se ela é médica e se o seu CRM está ativo. Ela respondeu: “Eu sou médica de formação e doutora em Comunicação e Cultura. Aqui represento a Anistia Internacional Brasil e o Movimento Alerta. O senhor pergunta por que o meu CRM está inativo. Porque eu estou fora da prática”.
Mais tarde, em sua conta no Twitter, Werneck voltou a explicar que cancelou seu CRM por não exercer a Medicina e por ser diretora-executiva da Anistia Internacional.
Expliquei: eu cancelei meu CRM porque não estou exercendo a medicina. Por que sou diretora executiva da Anistia Internacional Brasil e, antes deste posto, dirigia outras organizações. Simples assim. https://t.co/ebRWkegRwH
— Jurema Werneck (@juremawerneck) June 26, 2021
Segundo o Conselho Federal de Medicina, o cancelamento da inscrição no CRM é o “procedimento legal pelo qual o CRM altera a situação do médico de ativo para inativo” e pode ser solicitado por diversos motivos, incluindo o não exercício da atividade médica.
Em seu depoimento, Werneck comentou o estudo do Movimento Alerta, publicado em junho de 2021, que indica que 120 mil mortes poderiam ter sido evitadas no primeiro ano da pandemia no Brasil.
Neste dia 29 de junho, o Brasil registrava mais de 18 milhões casos e 514 mil mortes por covid-19, segundo o balanço da AFP.