Banco Central não anunciou fim das cédulas de R$ 2 a R$ 100; elas vêm sendo substituídas desde 2024
- Publicado em 16 de dezembro de 2025 às 18:03
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- Por AFP Brasil
O Banco Central (BC) determinou em julho de 2024 que a rede bancária recolha as “cédulas nacionais legítimas da primeira família do Real” e as encaminhe para a instituição. Mais de um ano depois, posts que acumulam mais de 25 mil interações nas redes sociais desde 8 de dezembro de 2025 enganam ao afirmar que o BC anunciou o fim das notas de R$ 2 a R$ 100. A autarquia explicou à AFP que as cédulas permanecem válidas e que o objetivo da normativa é eliminar as cédulas “desgastadas que dificultam a verificação de autenticidade”.
“Banco Central anuncia FIM das cédulas clássicas de R$2 a R$100 após 30 anos”, afirmam publicações no Facebook, no Instagram, no Threads, no Kwai e no X.
Em julho de 2024, o Banco Central publicou uma instrução normativa com as regras para a retirada de circulação das cédulas da “primeira família do Real”.
“Esta Instrução Normativa estabelece orientação sobre o encaminhamento de cédulas nacionais legítimas da primeira família do Real, incluindo a cédula comemorativa de dez reais alusiva aos 500 Anos do Descobrimento do Brasil”, detalha.
A “primeira família do Real” faz referência às primeiras cédulas e moedas do Plano Real, lançadas em 1994, em substituição do cruzeiro.
Já a segunda família do Real começou a ser produzida a partir de 2010. Além das notas de R$ 2 a R$ 100 da primeira família, a segunda inclui também a nota de R$ 200.
Contudo, é enganoso afirmar que o Banco Central tenha anunciado o fim das cédulas, como alegam as postagens virais.
“Esse recolhimento ocorre quando as notas entram no sistema bancário (depósitos, pagamentos), sendo substituídas por cédulas da segunda família”, afirmou a autarquia à AFP.
O BC informou que todas as cédulas do Real permanecem com validade legal e podem ser utilizadas normalmente pela população. “O objetivo do recolhimento gradual das cédulas da 1ª família que retornam à rede bancária é eliminar as desgastadas que dificultam a verificação de autenticidade”, explicou a instituição.
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