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Gravação em que Lula critica manifestantes que arremessaram ovos não é atual: foi feita em 2018
- Publicado em 8 de abril de 2024 às 22:24
- 2 minutos de leitura
- Por AFP Brasil
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“Ovos são jogados em Lula durante comício em Santa Catarina” é a frase sobreposta a vídeos no Facebook, no Instagram, no Kwai e no TikTok.
Na gravação, Lula está em cima de um palco e é ouvido dizendo: “Eu queria começar dizendo para vocês que, lamentavelmente, canalha não tem cara. O canalha, sem caráter, sem responsabilidade, que tá tacando ovo aqui deveria lembrar que ele não tá tacando ovo em mim, ele tá tacando ovo no povo de São Miguel do Oeste”.
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Uma busca no Google pelas palavras-chave “Lula”, “ovos” e “São Miguel do Oeste” levou a uma reportagem, publicada em 25 de março de 2018, com o título “Palanque de Lula é atingido por ovos em São Miguel do Oeste (SC)”. O texto relata que o episódio ocorreu durante um ato em apoio ao ex-presidente na cidade catarinense.
Uma outra pesquisa pelos mesmos termos no YouTube exibiu um vídeo, datado de 26 de março de 2018, no canal do UOL no YouTube, com a cena viralizada.
A descrição da filmagem diz que, na ocasião, Lula “precisou da proteção de guarda-chuvas para não ser atingido por ovos que eram jogados de um prédio localizado próximo à praça onde ele discursava na noite deste domingo (25), em São Miguel do Oeste (SC)”.
A conta oficial de Lula no Facebook também exibiu as imagens em sua transmissão do comício de 25 de março de 2018.
O ato na cidade catarinense foi parte da caravana que Lula fez pelo país antes das eleições de outubro daquele ano. Lula percorreu os três estados do sul do Brasil e foi alvo de uma série de protestos.
Em 2017, Lula foi condenado por lavagem de dinheiro e corrupção. À época, ele pôde recorrer à sentença em liberdade. Em abril de 2018, a Justiça determinou a prisão do petista que ficou cerca de um ano e meio encarcerado em Curitiba – impedido de disputar as eleições presidenciais de 2018.
Em março de 2021, as condenações foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por considerar que a 13ª Vara Federal de Curitiba não tinha competência para julgar as ações penais.
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