
Imagem de ato esvaziado do Dia do Trabalhador de 2024 é erroneamente relacionada a evento de 2025
- Publicado em 5 de maio de 2025 às 22:33
- 2 minutos de leitura
- Por AFP Brasil
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“Gente do céu, prendam a Lady Gaga. Ela acabou com o evento do PT do Dia do Trabalhador”, diz a legenda que circula com uma foto no Facebook e no X.

Para celebrar o 1º de maio de 2025, centrais sindicais como a Força Sindical organizaram um ato na Praça Campo de Bagatelle, na Zona Norte de São Paulo, com shows e manifestações contra a escala 6x1 — aquela em que o empregado trabalha seis dias para folgar um.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, a então ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e o chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, compareceram ao ato.
Outros políticos da base governista também marcaram presença em manifestações, como a deputada federal Erika Hilton (PSOL), que participou de um ato na Avenida Paulista.
Ao ser entrevistada sobre o evento, a parlamentar afirmou que ele estava “desfalcado” porque muitos moradores de São Paulo haviam viajado para o Rio de Janeiro para acompanhar o show da popstar Lady Gaga, que se apresentou na cidade em 3 de maio.
No entanto, a foto que circula não foi registrada no ato do Dia do Trabalhador de 2025.
Foto de ato em 2024
Uma busca reversa pela imagem no Google Lens levou a uma notícia do jornal O Estado de S.Paulo de 2 de maio de 2024 com o título “Ato de 1º de Maio com Lula em SP reuniu menos de 2 mil pessoas, diz monitor da USP”.
O texto é ilustrado com a mesma imagem viral, creditada ao fotógrafo Edi Sousa, da Ato Press.
De acordo com a reportagem, o ato do Dia do Trabalhador daquele ano foi realizado no estacionamento da Neo Química Arena, em Itaquera, e contou com a presença de Lula, além do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), então pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, e de nove ministros do governo federal.
Organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e outras centrais sindicais, o ato reuniu cerca de 1.635 pessoas, o que rendeu críticas da oposição e até mesmo do presidente, que o classificou como “mal convocado”.
Segundo a imprensa nacional, o ato esvaziado de 2024 foi decisivo para a não participação de Lula nas celebrações do Dia do Trabalhador em 2025.