Não é de autoria do governo Lula projeto que prevê eletrônicos no Complexo do Bangu
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- Publicado em 23 de maio de 2023 às 16:34
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- Por AFP Brasil
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“Presos no governo do amor”, diz a legenda de uma publicação no TikTok. No vídeo, um usuário associa ao governo Lula um projeto que prevê a aquisição de televisores e computadores para o Complexo Penitenciário de Bangu, localizado no Rio de Janeiro. A mesma alegação circula no Facebook, no Instagram, no Kwai e no Twitter.
O vídeo também foi encaminhado ao WhatsApp do AFP Checamos, para onde os usuários podem enviar conteúdos vistos em redes sociais, se duvidarem de sua veracidade.
A notícia da aquisição dos equipamentos eletrônicos foi veiculada originalmente pelo telejornal RJ2 e replicada em uma matéria no portal g1. Contudo, o projeto não é do governo federal, e sim do governo estadual do Rio de Janeiro.
O que diz a matéria?
De acordo com a reportagem, a Secretaria de Administração Penitenciária teria aderido ao projeto “Cultura Maker”, uma iniciativa da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc-RJ) que busca equipar escolas estaduais com equipamentos de tecnologia. Os itens seriam destinados às escolas de detentos que funcionam no Complexo de Bangu.
Ainda segundo a matéria, a lista de materiais contava com TVs, laptops, câmeras fotográficas, caneta 3D, impressora e PlayStation 5, com o jogo “Fifa 23”.
Contudo, a lista teria causado “espanto” entre os agentes da Seap. Por isso, no último dia 17 de maio, 50 itens que possibilitam captação de imagem e acesso à internet foram removidos, sobrando TVs, óculos de realidade virtual e computadores.
Posicionamento da Seap
Procurada pelo AFP Checamos, a Seap explicou que as escolas prisionais oferecem aulas nas modalidades de educação de jovens e adultos (EJA), de ensino médio e de pré-vestibular, e que as unidades “seguem fielmente as diretrizes da Seeduc, o que inclui a aquisição de materiais escolares e equipamentos”.
A secretaria também informou que “não permitiu e nem vai permitir a entrada de videogame ou ferramentas similares, uma vez que o ingresso de equipamentos eletrônicos nas unidades prisionais é terminantemente proibido”.