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Frase do governador baiano, Rui Costa, sobre tráfico de drogas foi tirada de contexto
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- Publicado em 5 de maio de 2022 às 18:39
- 2 minutos de leitura
- Por AFP Brasil
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“O governador Rui Costa inventou uma nova categoria profissional. Segundo ele, o tráfico de drogas virou emprego... Será que vai poder assinar carteira?!”, diz a legenda de uma das publicações, compartilhadas no Facebook (1, 2), Twitter (1, 2), Instagram (1, 2) e TikTok (1, 2).
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Algumas postagens usam como ilustração a captura de tela de uma matéria publicada no site BNews intitulada “Rui Costa afirma que o tráfico emprega milhares de jovens: ‘só não enxerga quem não quer e o Brasil precisa discutir’”.
De acordo com o texto, durante uma visita em 26 de abril de 2022 às obras de uma escola de um bairro em Salvador, Costa defendeu as polícias civil e militar, além de mencionar o aumento da violência no país, mas em especial na Bahia.
De fato, neste dia, Rui Costa esteve no que será o novo Colégio Estadual Rômulo Almeida. Lá, o governador baiano assinou ordens de serviço para a realização de outras obras, entre elas em unidades das polícias Militar e Civil.
Após as assinaturas, Costa falou aos presentes, em discurso transmitido ao vivo em sua página no Facebook.
Aos 38 minutos e 14 segundos da sequência, Rui Costa começa a falar sobre os policiais militares e civis e, posteriormente, sobre o tráfico de drogas.
“Quero publicamente fazer uma defesa dos nossos policiais militares e policiais civis. Defesa porque como está em ano pré-eleitoral, muita gente vai narrar, dar entrevista e ‘bater’ na Polícia Militar, criticar a segurança pública, ‘bater’ na Polícia Civil”, iniciou.
O governador ainda afirmou defender “a ação dos nossos policiais quando elas estão dentro do marco legal, dentro da defesa da sua sobrevivência nesse país e no mundo inteiro, que se tornou refém desse ‘gafanhoto’ que destrói a juventude chamado drogas”.
Rui Costa continuou indicando que o tráfico de drogas movimenta bilhões de dólares ao redor do mundo e “emprega no Brasil milhares de pessoas. É isso mesmo. A gente precisa dizer com todas as letras: as drogas empregam milhares de jovens. Só quem não quer enxergar isso… E o Brasil precisa discutir isso, como resolver essa nuvem de gafanhoto que está destruindo a nossa plantação”.
Diferentemente do que apontam os usuários, portanto, o governador baiano não mencionou que o tráfico de drogas seja um emprego formal ou que deva ser visto como tal, mas sim como um problema - usando a analogia da nuvem de gafanhotos e uma plantação - que precisa ser solucionado.