Vídeo de 2017 relacionado à reforma trabalhista circula como se fosse reunião de Lula em 2022
- Este artigo tem mais de um ano
- Publicado em 23 de março de 2022 às 22:29
- 2 minutos de leitura
- Por AFP Brasil
Copyright © AFP 2017-2025. Qualquer uso comercial deste conteúdo requer uma assinatura. Clique aqui para saber mais.
“Reunião do Lula termina com confusão e briga. Eles sabe q para Lula não dá mais, como se eleger com discurso de ditador do Lula e as atitudes do STF q tem maioria petista”, diz uma publicação no Twitter. Conteúdo similar circula também no Facebook e no Instagram.
Uma busca por trechos do vídeo viralizado com a ferramenta Google Lens levou a uma análise do jornal El País Brasil publicada em 24 de maio de 2017 e intitulada “Escalada da crise: primeiro teste de Temer no Congresso acaba em confusão”.
O texto faz menção à discussão de senadores durante a leitura do relatório da reforma trabalhista, ocorrida no dia anterior, e traz uma foto da cena.
Uma pesquisa no Google pelos termos “senadores, relatório, reforma trabalhista” e pelo crédito à foto dado na legenda - “Fabio Rodrigues Pozzebom (Agência Brasil)” - com filtro temporal de 23 a 27 de maio de 2017 levou a notícias publicadas sobre a discussão, em 23 de maio, por veículos de comunicação estatais, como Agência Brasil e Agência Senado.
“A leitura do relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) acabou não ocorrendo nesta terça-feira (23) devido a tumulto que tomou conta da reunião. Senadores da oposição conseguiram impedir a leitura, que era defendida pela base governista. A reunião chegou a ser suspensa, mas não foi retomada”, diz o texto publicado pela Agência Senado.
O tumulto, que envolveu o senador Randolfe Rodrigues e o então senador Ataídes Oliveira, também foi divulgada por outros veículos de imprensa:
Texto aprovado
A reunião não foi retomada e o relatório foi dado como lido. Em 6 de junho de 2017, foi aprovado na mesma comissão.
Em seguida, o Projeto de Lei da Câmara 38/2017 passou pela Comissão de Assuntos Sociais e pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, onde foi aprovado com urgência para ir a plenário.
Em meio a protestos da oposição, que ocupou a mesa do plenário por sete horas, a reforma trabalhista proposta pelo governo de Michel Temer foi aprovada em 11 de julho de 2017 pelo Senado e seguiu para sanção do então presidente.
Em 13 de julho do mesmo ano, o texto foi transformado na Lei Nº 13.467, que “altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)”.