ABIN e Polícia Rodoviária desmentem boato sobre ataque terrorista em Brumadinho

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  • Publicado em 29 de janeiro de 2019 às 20:56
  • Atualizado em 29 de janeiro de 2019 às 21:56
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  • Por AFP Brasil
A informação de que o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, no estado de Minas Gerais, a 60 quilômetros de Belo Horizonte, foi um atentado terrorista espalhou-se pelas redes sociais do Brasil desde a ocorrência da tragédia no dia 25 de janeiro de 2019. A versão, veiculada principalmente pelo WhatsApp, foi desmentida pelas autoridades nela mencionadas e não tem nenhuma evidência que a sustente.
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Vista aérea de uma ponte de trem destruída pelo deslizamento de lama depois do rompimento da barragem de Brumadinho, no estado de Minas Gerais, sudeste do Brasil, 27 de janeiro de 2019 (AFP / Mauro Pimentel)

“Uma fonte ligada a ABIN confirmaram nessa tarde que a Polícia Rodoviária Federal deteve nessa tarde, próxima a cidade de Itaguará, cerca de 68 km de Brumadinho, um venezuelano e um cubano. (...) Até agora o interrogatório apurou que várias células terroristas venezuelanas se infiltraram no território nacional , desde a vitória de Bolsonaro no primeiro turno das eleições, em outubro”, diz o texto conspiratório, retomado por usuários em vídeos (1) e postagens na internet.

Em um comunicado emitido no sábado dia 26 de janeiro de 2019, Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirma que “não registrou ocorrências envolvendo estrangeiros no estado de Minas Gerais ou quaisquer outras prisões que tenham relação com a tragédia em Brumadinho.”

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Uma membro da equipe de resgate do colapso da barragem em Brumadinho, 28 de janeiro 2019 (Douglas Magno / AFP)

A Agência Brasileira de Inteligência Nacional (ABIN) publicou uma nota de esclarecimento em que afirma “ser totalmente inverídica a informação, difundida por redes sociais e aplicativos de mensagens, sobre a ocorrência de ataque terrorista contra a barragem de Brumadinho/MG. A ABIN não recebeu qualquer relato sobre prisões de venezuelano e cubano na região”.

O rompimento da barragem em Brumadinho, administrada pela companhia Vale, ex-estatal privatizada em 1997, deixou pelo menos 60 mortos e 292 desaparecidos. Especialistas israelenses chegaram à região no domingo para auxiliar na busca por sobreviventes.

Ainda que o rompimento da Barragem I da Mina do Córrego do Feijão seja um fato verdadeiro, a teoria de que se tratou de um atentado terrorista perpetrado por células estrangeiras não tem nenhuma evidência que a sustente.

A equipe de checagem da AFP no Brasil desmentiu diversas informações falsas relacionadas à tragédia de Brumadinho.

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