
Raúl Castro permaneceu em Cuba depois dos protestos, não "fugiu" para a Venezuela
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- Publicado em 21 de julho de 2021 às 23:10
- Atualizado em 22 de julho de 2021 às 21:09
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- Por Valentina DE MARVAL, AFP Chile, AFP Brasil
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“BREAKING - Cuba: O ex-presidente Raúl Castro foge para a Venezuela, chegou a Caracas por volta das 23h37 de hoje, domingo, 11 de julho de 2021, quando protestos antigovernamentais massivos eclodiram contra o regime socialista”, diz uma das publicações compartilhadas no Twitter (1, 2), no Facebook (1, 2) e no Instagram.
Este conteúdo, que também circula em espanhol, começou a ser propagado um dia após o início dos históricos protestos contra o governo em diferentes cidades cubanas em meio a uma grande crise econômica e de saúde.

Uma busca reversa no Google pela imagem viralizada levou a uma notícia publicada em 2015. Nela, a foto é atribuída à conta no Twitter do Ministério das Relações Exteriores de Cuba e a legenda indica a chegada de Raúl Castro à Costa Rica para participar da cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
Com essa informação, a equipe de verificação da AFP buscou por "Costa Rica" no perfil do Twitter da chancelaria cubana, chegando ao tuíte no qual se vê uma fotografia semelhante, recortada e focada apenas em Castro. “Em #fotos: Chegada do Presidente # RaúlCastro à #CostaRica, para participar da III Cúpula #CELAC via @presidenciacr”, diz a publicação, em tradução livre do espanhol, de 27 de janeiro de 2015.
A AFP também recebeu da Presidência da Costa Rica os registros do ex-presidente cubano no Aeroporto Internacional Juan Santamaría, Costa Rica, naquele dia (1, 2, 3).
O jornal cubano Granma noticiou em 12 de julho que Castro participou de uma reunião do Partido Comunista, mas nenhum registro visual foi encontrado até o momento.
Por outro lado, segundo os registros fotográficos da AFP, no último 17 de julho, Raúl Castro estava em Havana (1, 2, 3).

No dia 17 de julho, o governo cubano convocou seus apoiadores às ruas para mostrar seu apoio e rejeitar os protestos contra eles, que deixaram um morto, dezenas de feridos e mais de 100 pessoas presas.
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