
Advogado Montenegro se suicidou no Paraguai e não era réu pelo atos de 8 de janeiro de 2023
- Publicado em 4 de agosto de 2025 às 14:58
- 2 minutos de leitura
- Por AFP Brasil
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“O Advogado Montenegro se matou em decorrência das decisões arbitrárias do STF, onde foi condenado devido o 8 de Janeiro. Lamentável, ele tirou a vida. Mais sangue nas mãos deles”, diz a legenda de um vídeo publicado no X, no Facebook e no Instagram.
Algumas publicações alegam ainda que o ato teria acontecido em frente à casa do ministro Alexandre de Moraes.

Entenda o caso
Por meio de uma busca reversa por fragmentos do vídeo viral no Google, o Checamos localizou a sequência em uma publicação do jornal Correio do Lago, que informa que o caso, na verdade, ocorreu em frente ao consulado do Brasil em Ciudad del Este, no Paraguai, em 3 de julho de 2025.
Segundo a imprensa paraguaia, o advogado Cássio Mussawer Montenegro teria atirado contra o consulado e atingido uma ex-juíza e advogada paraguaia antes de atirar em si mesmo. Ele chegou a ser internado em um hospital do país, mas faleceu em 20 de julho. A juíza foi internada e sobreviveu ao ataque.
O caso também foi reportado pela imprensa brasileira, que divulgou que o homem já teria tentado se candidatar a vereador em Foz do Iguaçu, no Paraná. Contudo, não há nenhuma informação sobre uma suposta participação do homem nos atos de 8 de janeiro.
A única informação encontrada no site do STF relacionada ao advogado diz respeito a uma ação movida por Montenegro em 2007 que pedia a anulação de um ato que revogou o Regime de Tributação Unificada para importações do Paraguai.
A assessoria de imprensa do STF informou ao Checamos que não localizou nenhum processo recente no nome do advogado.
Este conteúdo também foi verificado pelo UOL Confere.
Referências
- Matéria do jornal Correio do Lago
- Notícias da imprensa paraguaia sobre o caso (1, 2)
- Notícias da imprensa brasileira sobre o caso (1, 2)