Pessoas fazem fila do lado de fora da Caixa para receber ajuda econômica em meio à pandemia de coronavírus no Rio de Janeiro, em 29 de abril de 2020 ( AFP / Mauro Pimentel)

A Caixa suspendeu a taxação do PIX para PJs; a cobrança é permitida pelo BC desde 2020

  • Publicado em 5 de julho de 2023 às 21:54
  • 2 minutos de leitura
  • Por AFP Brasil
Em 19 de junho de 2023, a Caixa Econômica Federal anunciou que a partir de 19 de julho iria taxar transações por PIX de pessoas jurídicas. A medida, no entanto, foi suspensa no dia seguinte. Desde o início de julho, um vídeo editado, com milhares de compartilhamentos nas redes sociais, alega que a medida ainda é válida e que a cobrança recairá sobre todas as transferências por PIX. Mas a Caixa não definiu uma nova data para cobrar transferências de pessoas jurídicas, permitida pelo Banco Central desde 2020, e em nenhum momento foi anunciada a cobrança para pessoas físicas.

“Valor da taxa do Pix R$8. A partir de 19 de julho”, diz o texto sobreposto a um vídeo que circula no TikTok, no Instagram e no Facebook.

Na sequência, a apresentadora Adriana Reid, da Jovem Pan, anuncia que a Caixa Econômica Federal vai começar a cobrar tarifas por transações feitas por PIX.

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Captura de tela feita em 4 de julho de 2023 de uma publicação no TikTok ( .)

Por meio de uma busca por palavras-chave, o AFP Checamos localizou o vídeo original, com data de 20 de junho de 2023.

Na sequência viral, contudo, as falas da apresentadora e da repórter, Beatriz Manfredini, foram cortadas, omitindo a explicação de que a cobrança era voltada somente para pessoas jurídicas. Além disso, a medida foi suspensa logo depois do anúncio.

Entenda a taxação

Desde 2020, quando o PIX foi criado, o Banco Central permite que instituições financeiras taxem transações de pessoas jurídicas. Outros bancos, inclusive, já cobravam tarifas por esse tipo de operação.

Em 19 de junho de 2023, a Caixa anunciou que a partir de 19 de julho também iria tarifar transferências por PIX de pessoas jurídicas. Apenas as categorias de microempreendedor individual (MEI) e de pessoa jurídica pública não seriam taxadas.

Porém, a Caixa suspendeu a cobrança no dia seguinte para “ampliar o prazo para que os clientes possam se adequar e receber amplo esclarecimento do banco sobre o assunto, dada a proliferação de conteúdos inverídicos que geraram especulação”.

A instituição também informou que a medida estava definida desde 2022 e que não foi implementada “devido à necessidade de adequação dos sistemas internos”.

Não há data definida para o início da taxação do PIX de pessoas jurídicas clientes da Caixa. Ao AFP Checamos, a assessoria de imprensa da instituição comunicou apenas que a taxação permanece suspensa.

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