Governo Lula não é autor de projeto que prevê eletrônicos no Complexo do Bangu
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- Publicado em 29 de maio de 2023 às 19:49
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- Por AFP Brasil
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“Ex-presidiário do Lula vai fazer reforma nos presídios do Brasil. ‘Presídio de Luxo’”, diz a legenda de uma publicação com mais de 70 mil compartilhamentos no TikTok, no Facebook, no Instagram e no Kwai.
A sequência mostra o trecho de uma reportagem do jornal RJ2 sobre um projeto que prevê a aquisição de televisores e computadores para o Complexo Penitenciário de Bangu, localizado no Rio de Janeiro.
A notícia da aquisição dos equipamentos eletrônicos foi veiculada pelo jornal RJ2 em 18 de maio de 2023 e replicada em uma matéria no portal g1. No vídeo viral, contudo, a fala da apresentadora Ana Luiza Guimarães foi cortada quando ela diz que se trata de um projeto do governo do estado do Rio de Janeiro.
O que diz a matéria?
De acordo com a reportagem, a Secretaria de Administração Penitenciária teria aderido ao projeto “Cultura Maker”, uma iniciativa da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc-RJ) que busca equipar escolas estaduais com equipamentos de tecnologia. Os itens seriam destinados às escolas de detentos que funcionam no Complexo de Bangu.
Ainda segundo a matéria, a lista de materiais contava com TVs, laptops, câmeras fotográficas, caneta 3D, impressora e PlayStation 5, com o jogo “Fifa 23”.
Contudo, a lista teria causado “espanto” entre os agentes da Seap. Por isso, no último dia 17 de maio, 50 itens que possibilitam captação de imagem e acesso à internet foram removidos, sobrando TVs, óculos de realidade virtual e computadores.
Posicionamento da Seap
Procurada pelo AFP Checamos, a Seap explicou que as escolas prisionais oferecem aulas nas modalidades de educação de jovens e adultos (EJA), de ensino médio e de pré-vestibular, e que as unidades “seguem fielmente as diretrizes da Seeduc, o que inclui a aquisição de materiais escolares e equipamentos”.
A secretaria também informou que “não permitiu e nem vai permitir a entrada de videogame ou ferramentas similares, uma vez que o ingresso de equipamentos eletrônicos nas unidades prisionais é terminantemente proibido”.